O que é e para que serve gestão de Leads
Gestão de Leads (ou Lead Management, ou Marketing Automation)
é um tema que tem ficado bastante em voga lá fora nos últimos tempos. Não à
toa: se combinado com as diversas técnicas de atração que falamos
constantemente aqui no blog, uma gestão de Leads bem feita tem poder de
amplificar significativamente os resultados de negócio com Marketing Digital.
Isso porque, especialmente quando falamos de Marketing
B2B, o processo de compra por parte do cliente não é
feito de forma impulsiva. Há um ciclo bastante conhecido – e muitas vezes longo
– pelo qual ele(a) passa:
O cliente potencial toma conhecimento do tema ->
reconhece a necessidade/problema -> demonstra interesse em uma solução ->
compara e avalia alternativas -> procede com a compra.
Em todas as etapas o prospect procura uma grande quantidade de
informações. Não é difícil concluir que quanto mais a sua empresa ajudá-lo produzindo
conteúdo para guiá-lo ao longo do processo,
maiores são as chances dele escolher sua empresa ao final.
Além disso, um bom programa de gestão de Leads possui diversas outras
vantagens:
- Permite
atrair e reter os potenciais clientes que ainda não estão no momento certo
da compra, evitando o “tudo ou nada”;
- Diminui
a fricção no funil, e portanto, aumenta o número de oportunidades
concretas geradas pela área de Marketing;
- Encurta
o ciclo de vendas pela educação e estímulo aos Leads;
- Aumenta
a eficiência e a produtividade da equipe de Vendas por entregá-los Leads
mais preparados e no momento certo;
- Aumenta
a retenção do cliente depois da compra, também pela educação e relação de
confiança.
Portanto, a missão de um programa de gestão de Leads é identificar os
diferentes estágios pelos quais os potenciais clientes passam e alinhar as
informações/conhecimentos adequados para entregá-los em cada estágio.
Mas antes de falarmos sobre gestão de Leads, precisamos definir o que é
um Lead.
O que é um Lead?
Um Lead é uma oportunidade de negócio para a empresa. De forma mais
concreta, Lead é alguém que forneceu suas informações de contato (nome, email,
tel., etc.) em troca de uma oferta de valor no seu site (conteúdo, ferramenta,
avaliação, pedidos sobre produto/serviço, etc.).
Assim, um Lead é alguém que já demonstrou interesse no tema do seu
negócio e que provavelmente gostaria de ouvir mais da sua empresa, tanto em
termos de conhecimento quanto sobre ofertas de produtos/serviços. Da mesma
forma, é alguém que poderia ser abordado por um membro da equipe comercial,
desde que seja o momento certo para tal.
A figura abaixo ilustra onde o Lead se encontra em um funil de vendas
tradicional, e onde é a atuação de um programa de gestão de Leads:
Obs. Em outros tipos de negócio o conceito de Lead pode tomar formas
diferentes. Ex.: um usuário cadastrado na versão de teste de um software,
alguém que liga para a empresa para buscar mais informações, um assinante de um
site de ecommerce, etc.
Por que se
preocupar em gerar Leads ao invés de só tentar vender direto
Sobre esse tema já falamos diversas vezes, mas não custa reforçar. Para
isso, vamos recuperar alguns trechos do post recomendado anteriormente sobre o
conceito do Stadium Pitch do livro The Ultimate Sales Machine, uma das
referências na área de Vendas.
O autor (Chet Holmes) identificou que para um
mercado qualquer, o momento de compra dos clientes forma quase que um padrão.
Segundo ele, apenas 3% do público está ativamente buscando opções e querendo
comprar algo e cerca de 6-7% está aberto a propostas. O restante é apresentado
na pirâmide abaixo:
Como alcançar então um percentual maior da pirâmide
e ao mesmo tempo gerar mais credibilidade? É aí que entra a grande sacada do
Stadium Pitch. Holmes convida os leitores para responder à seguinte pergunta:
imagine um estádio inteiro cheio com os seus potenciais clientes e que você
tivesse a oportunidade de falar para todos eles por alguns minutos. O que você
falaria?
Grande parte das pessoas responde apresentando a história ou os
benefícios do seu produto/serviço, ou seja, fazendo a venda direta. O problema
é que basta começar a falar isso e 90% da pirâmide se levanta e vai embora.
Por esse motivo, o seu discurso – e inclua aí o seu blog, Twitter e
Facebook, etc. – deve ser centrado em oferecer conteúdo útil para o cliente,
independentemente do momento de compra que ele esteja. É preciso falar algo
interessante para a pirâmide toda continuar ouvindo.
A geração de Leads vai ao encontro dessa estratégia. Se o site da sua
empresa só tiver informações sobre seu produto/serviço, sua mensagem somente
ressoará para aqueles 3% a 10% da parte de cima da pirâmide.
Para não “desperdiçar” os outros 90%, sua empresa pode criar ofertas de
valor para capturar as informações de contato dessas pessoas e, ao longo do
tempo, nutri-las para tentar transformá-las em oportunidades e vendas. (Confira
aqui algumas dicas para geração de Leads)
Ainda assim, muitas empresas insistem em querer focar apenas nos
prospects que já estão “prontos”, em nome de uma suposta produtividade. O que
podemos dizer é que já vimos e ajudamos a fazer funcionar esta máquina de
geração de Leads múltiplas vezes. Em todos os casos, não só o número de
oportunidades e vendas totais aumentou significativamente, como também o custo
de Marketing e Vendas foi ficando cada vez menor ao longo do tempo. Por
consequência, essa máquina também é um excelente ativo e uma vantagem
competitiva para a empresa a longo prazo.
Por que gerenciar
Leads?
Com um trabalho bem feito de Atração e Conversão no topo do funil
(figura acima), as empresas invariavelmente caem em um “problema”: o que fazer
com tantos Leads?
Já que não podem/querem colocar a equipe comercial para entrar em
contato com todos eles, a primeira reação geralmente é tentar spammear a
base com suas ofertas de produtos. Isso não só é arriscado por queimar o canal
desnecessariamente, mas também é pouco eficiente: segundo pesquisa
do Marketing Sherpa com uma grande variedade de empresas
B2B, em média 73% dos Leads não estão prontos para a venda.
Por isso, para a área de Marketing só gerar Leads não é suficiente. É
preciso ter um processo que ajude os Leads a descer cada vez mais no funil de
vendas e “separe o joio do trigo”, entregando para a área de Vendas os Leads
com o perfil certo e que já estão mais propensos a comprar a solução.
O que há em um bom
programa de gestão de Leads
Neste post não conseguiremos entrar nos detalhes de cada item, mas só
para passar uma visão geral, elencamos abaixo quais são os componentes de um
bom processo de gestão de Leads.
a) Gerar Leads;
b) Coletar informações de inteligência;
c) Implementar pontuação para os Leads;
d) Fazer a nutrição dos Leads;
e) Gerar oportunidades comerciais;
f) Mensurar e otimizar (com feedback de Vendas).
b) Coletar informações de inteligência;
c) Implementar pontuação para os Leads;
d) Fazer a nutrição dos Leads;
e) Gerar oportunidades comerciais;
f) Mensurar e otimizar (com feedback de Vendas).
Esse processo parece complexo (de fato não é simples), mas esse
“problema” da gestão de Leads só aparece quando já há um grande volume de
geração de Leads e impossibilidade da área de Vendas dar conta de tantas
oportunidades de forma produtiva. Por isso sempre recomendamos focar
primeiro em volume, depois em otimização.
Em posts, eBooks e Webinars futuros vamos entrar mais a fundo neste tema
e em cada um dos itens acima. Se tiverem dúvidas ou sugestões, deixem nos
comentários!
5 tipos de iscas para geração de Leads
Um dos grandes papéis do
Marketing Digital é criar oportunidades de negócio para o time de vendas, ou
seja, gerar Leads qualificados através do site.
Para isso, um erro que
muitas empresas cometem é contar apenas com os formulários das páginas de
contato ou do seu produto/serviço nessa missão. Há excelentes oportunidades de
geração de Leads qualificados através do que chamamos de “conversão
indireta“, que é basicamente
através da oferta de algo que seja relevante e com valor diferenciado para o
potencial cliente. Em troca, ele fornece para a empresa suas informações de
contato, permitindo assim que seja engajado em campanhas de nutrição de Leads
e, dependendo do seu perfil, abordado por alguém da área comercial.
Através de bastante
experiência própria e orientando nossos clientes na produção de materiais
educativos, indicamos 5 tipos de conteúdo que funcionam muito bem para geração
de Leads:
eBooks
É o tipo de conteúdo rico
que mais usamos aqui na Resultados Digitais e funciona incrivelmente bem. Não
existe uma diferença conceitual muito clara entre um eBook e um whitepaper
(próximo item), mas aqui tratamos da seguinte forma: eBooks são conteúdos mais
densos e completos enquanto whitepapers são mais curtos e focados em algum
aspecto específico do tema.
Já escrevemos no Saia do
Lugar sobre os eBooks
como ferramenta de marketing.
Além de servirem como isca para geração de Leads, funcionam muito bem para
promover sua empresa como referência e tem uma ótima viralização nas mídias
sociais.
Whitepapers
O whitepaper, por outro
lado, apesar de não apresentar exatamente os mesmos benefícios, é produzido com
muito menos esforços e já é o suficiente para as pessoas aceitarem trocar seu
contato pelo conteúdo.
Pense nos whitepapers como
posts um pouco mais extensos. Uma boa dica é construir conteúdo na linha do “as
10 coisas que você precisa saber sobre …..”.
Vale ressaltar que, caso
sua empresa invista em Google Adwords e hoje só possua ofertas de conversão
direta (ex. pedido de orçamento, saiba mais, etc.), criar um whitepaper e
direcionar parte do tráfego para lá é provavelmente é a coisa mais rápida que
você pode fazer para aumentar a geração de Leads mantendo o mesmo investimento.
(Lembre que, especialmente
em negócios B2B, muitas vezes os clientes ainda não estão
no momento certo da compra
quando caem no seu site)
Webinars
Por enquanto fizemos um
único Webinar na Resultados Digitais e também tivemos um retorno excelente.
Podem esperar por diversos outros. ;)
Seja usando slides ou a
filmagem de uma palestra, o Webinar tem benefícios interessantes. Pelo uso da
voz (e ocasionalmente até da imagem), os webinars acabam tendo um toque mais
pessoal que aproxima mais o potencial cliente da empresa.
Além disso, é muito mais
rápido preparar alguns slides e falar por cima deles do que escrever todo o
conteúdo de um eBook. Falamos um pouco mais sobre esse ponto no post Por que fazer
conteúdo em vídeo.
Templates
Se sua empresa tem algum
modelo de documento – apresentação, planilha, etc. – que esteja relacionado ao
seu negócio e pode auxiliar no dia-a-dia do seu cliente, fornecê-lo para
download também é uma boa oportunidade para geração de Leads.
Um bom exemplo disso é esse
template de PPT
gratuito da SOAP para venda de
soluções.
Ferramentas
Essa isca é mais útil (ou
viável) para empresas de tecnologia, que podem criar alguma ferramenta
específica e oferecê-la de forma gratuita para seus potenciais clientes. Essa
ferramenta pode ser algo novo ou então uma sub-parte do produto pago da
empresa.
Inclusive, isso pode servir
não só para geração de Leads, mas também para ajudar no processo de conversão e
venda para a ferramenta paga, já que ajuda o usuário a ter um “gostinho” de
como será a experiência com o produto completo. Um exemplo disso é o Ta-da List da 37Signals.
Observações importantes
As iscas já ajudam muito,
mas para maximizar os resultados é importante lembrar de três coisas:
O primeiro é que é preciso criar boas
Landing Pages: transmitir segurança para
o visitante de que os dados não serão utilizados indevidamente e mostrar que o
conteúdo de fato vale a pena são essenciais para que a taxa de conversão seja
alta.
O outro item que deve ser
lembrado é que não basta apenas gerar os Leads. É preciso manter o relacionamento
com o potencial cliente até que ele esteja
pronto para compra.
Por fim, e esse é um
assunto que devemos explorar em breve, é necessário um alinhamento entre as
áreas de Marketing e Vendas. Assim como Vendas precisa que os Leads sejam
gerados na maior quantidade e qualidade possível, Marketing precisa que os
Leads não sejam “spameados” ou abordados de forma indevida
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