"A informação será o 'recurso natural' do século XXI". É o que defende a presidente global da IBM, Ginni Rometty. "Será como o vapor no século XVIII e a eletricidade no XIX. A informação vai mudar as profissões e os setores da economia. Não importa a área de atuação, a tecnologia terá que estar na linha de frente", afirmou categoricamente durante o fórum HSM Expomanagement, na manhã desta terça-feira, em São Paulo.
Para ela, em tempos de big data em que a informação é ilimitada, as companhias que desejam se destacar no mercado precisarão estar preparadas para refiná-la. É o que ela chama de "empresas inteligentes". "Ela vai ser a base competitiva para todas, independente do setor de atuação".
Segundo a teoria de Ginni, a empresa inteligente, antes de tudo, terá que usar a analítica para prever situações e antecipar soluções. Como exemplo de corporação que já desenvolve essa estratégia, ela cita a CTP, uma empresa que faz inúmeras simulações sobre o risco de derivativos e investimentos de renda fixa e ajuda os bancos a entendê-los. Ela também menciona o uso da analítica para prever a possibilidade de leitores mudarem seu voto - e a capacidade de intereferir em tal processo - durante a campanha à presidência de Barack Obama, no ano passado.
Apesar disso, ela garante que a tecnologia não substituirá as pessoas, mas sim agregará valor ao trabalho delas. Ela diz que os dados apenas contribuirão para que as tomadas de decisão dentro de uma empresa sejam baseadas em fatos.
Ginni também defende que cada vez mais as companhias precisarão entregar seus produtos e serviços a clientes indiduais de maneira personificada, e não a segmentos. "Será o fim da 'média' para todos nós. Estudantes, trabalhadores, cidadãos, isso não importa. Tudo terá que ser feito um a um", afirma.
Outro ponto ressaltado pela executiva, é o de que a es empresas terão de ser autênticas e transparentes e usar a informação para criar produtos e serviços que ainda não existe - o que nada mais é do que inovar.
O segredo da IBM
De acordo com Ginni, o segredo da IBM para se manter uma empresa competitiva no setor de tecnologia mesmo após 102 anos de sua fundação, é mudar sempre e transmitir ao máximo o seu propósito e valor a todos que estão lá dentro. "Nunca se defina como um produto", foi o conselho dado por ela.
Uma prova de que a IBM está sempre se reinventando, segundo ela, é o desenvolvimento da computação cognitiva. "São sistemas que aprendem, você não precisa programá-los, o software faz isso sozinho", diz ela fazendo um comparativo com despertadores - que precisam ser acionados para funcionar. "Daqui a pouco, o computador irá ler, ver imagens, racionar e debater. Isso não é ficção científica, já está em laboratório", garante.
A inspiração
Quando questionada sobre quem inspira a sua liderança à frente da multinacional, Ginni diz que não tem referência em alguém em especial, mas sim em todo mundo com quem ela aprendeu alguma coisa.
"Sempre que me sento em uma reunião, anoto tudo para aprender alguma coisa".
FONTE : http://exame.abril.com.br/
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