segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Storytelling, a essência do bom comunicador

Era uma vez em um tempo muito remoto, cidadãos que perpetuavam suas idéias com pessoas reunidas em volta de uma fogueira, onde era possível transmitir seus conhecimentos por meio de conversas. Conversas essas que viravam histórias quando eram passadas adiante. De boca em boca, de povoado em povoado. Era uma vez, em tempos mais atuais, milhares de pessoas interconectadas mantendo suas histórias vivas e compartilhando acontecimentos através de ferramentas tecnológicas capazes de transformar uma simples conversa em um enorme buzz. Apesar das mudanças, somos até hoje simples contadores de histórias.

Quem conta um conto aumenta um ponto. Ou será “a melhor história vende melhor”? É assim que funciona no mercado de marketing, na política ou na sociedade em geral. A arte de narrar histórias carrega milhares de anos consigo, porém alguns fatores transcendem barreiras e perduram até os dias atuais. Agregador pode ser chamado aquele que consegue gerar e manter a atenção das pessoas pelo dom da oratória. Uma história é capaz de ser multiplicada através de vários narradores diferentes. O Storytelling faz isso. E faz muito mais: exemplifica conceitos, conceitua teorias, causa transformação, desperta o desejo, provoca a curiosidade, passa conhecimento, faz pensar e ainda provoca ação e reação.

O mundo corporativo esta cada vez mais se utilizando de histórias para inspirar seus funcionários, apresentar novas idéias ou fazer comparações. Muitas vezes, conflitos podem ser debatidos e controlados por meio de histórias que remetem subjetivamente a fatos reais e servem de reflexão para mudanças positivas e necessárias. Não são somente as crianças as beneficiadas por esta arte da narrativa. E a mesma não é unicamente usada como entretenimento. Suas funções são as mais diversas possíveis. Em um mundo tão objetivo e muitas vezes frio, a função de agrupar as pessoas, de fazê-las sentir-se em uma comunidade é uma das razões que fazem as pessoas valorizar cada vez mais o Storytelling. Junta-se a isso a contextualização de diferentes mídias em uma campanha publicitária e é possível trabalhar com o storytelling + transmídia integrando histórias para uma mesma marca.

As histórias atingem o ser humano na emoção e no intelecto. Ou seja, podem ser mais eficientes do que palestras massivamente teóricas carregando ainda mais poder de penetração e de persuasão. São memoráveis por serem mais emotivas. Quem não conhece uma bela história que ficou guardada em sua memória por algum motivo forte o bastante, que o faz relembrá-la por inúmeras vezes? Fatos ligados a uma história, trágica ou alegre, ficam guardados por muito tempo em nossas lembranças.

As novas mídias contribuem para o compartilhamento de histórias, apesar de não substituírem a presença real de um bom narrador e de seus ouvintes. A técnica do Storylleting nunca envelhece, pois continuamos sendo seres contadores e geradores de novas histórias. Não vivemos mais na era das fogueiras. Ao contrário, ao invés de reunirem-se, as pessoas buscam os fones de ouvido, com função bem diferente.

A história desconecta as pessoas. A tecnologia de modo algum é ruim, porém nós estamos por demais conectados a ela. Vale a pena olharmos nos olhos de nosso colega do lado, conectarmos a alma há uma linda história que pode servir de exemplo ou mesmo contribuir com determinado momento vivido por nós ou ainda ajudar a buscar soluções em conflitos empresariais por exemplo. As histórias humanizam as pessoas. Aliás, a comunicação tem haver com o que mesmo? Sempre é bom relembrar a sua essência e real funcionalidade.
 
Fonte: www.pontomarketing.com

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